DOS ANTEPASSADOS

Os verdadeiros Portugueses nunca estão sós. Eles avançam —  em direcção ao futuro — na vanguarda do, invisível e invencível, exército dos seus avós. E, para isso, precisam de conhecê-los, como de pão para a boca.
Hoje em dia, a maior parte da gente, infelizmente, não sabe, nem quer saber, que cada indivíduo, além de pai e mãe, tem: 4 avós, 8 bisavós, 16 trisavós, 32 tetravós, 64 pentavós, 128 hexavós, 256 heptavós, 512 octavós, 1024 eneavós, 2048 decavós; e, por aí afora, sempre a duplicar, até à geração da Fundação Nacional, nascida por volta do ano de 1100, onde cada um de nós contará com 2.147.483.648 triacontavós (é claro que, devido à habitual consanguinidade, este último número corresponde, de facto, a muitíssimo menos pessoas).
Esta enorme hoste de mortos constitui o sustento carnal e espiritual de qualquer Português que se preze. Por esta razão, faz-me imensa confusão que existam portugueses que se dizem nacionalistas, ou se afirmem patriotas, desconhecendo a sua genealogia; e, até, desprezando-a enquanto ciência. 

MANUEL MOREIRA DE CARVALHO

Manuel Moreira de Carvalho

(Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, bp. 31.01.1704  — Estremoz, Santa Maria, 01.10.1741)

Engenheiro-Militar, Escritor e Tradutor.

Filho do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho, Médico dos Exércitos da Província do Alentejo e Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino do Algarve, e de D. Rosa Maria da Silveira.
Afilhado de Baptismo de Pedro de Melo de Castro, 2.º Conde das Galveias, Tenente-General.

Casou com D. Luísa Teresa Leonor, filha do Coronel Francisco Cordeiro Vinagre, Quartel-Mestre-General, Engenheiro-Militar, e de D. Maria Ana Teresa Furtado de Mendonça, em Lisboa, Santa Engrácia, 04.10.1723.
Testemunhas de Casamento foram João Bressane Leite, Superintendente da Contadoria Geral da Guerra, e o Coronel José da Silva Pais.
Tiveram, pelo menos, que se conheçam, três filhos e duas filhas, sendo o mais velho dos varões o Tenente-Coronel Jerónimo Moreira de Carvalho (Lisboa, Lisboa, c. 1726 — Brasil, Colónia do Sacramento, 1766) [homónimo de seu avô e de seu tio-paterno], que embarca para o Brasil para ocupar um posto de Alferes e aí virá a ser Capitão de Artilharia da Praça do Rio de Janeiro e Tenente-Coronel  do Regimento da Praça da Nova Colónia do Sacramento, o mais novo Joaquim José Moreira de Carvalho [também usa  Joaquim José Moreira de Carvalho e Mendonça] (Lisboa, São Nicolau, 02.02.1742 — ), e o do meio o seguinte: 
Francisco Moreira de Carvalho (Lisboa, Santa Engrácia, bp. 15.12.1727 — Sousel, Sousel, 04.12.1769). Tabelião do Judicial e Notas da Vila de Sousel. Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 23.07.1752, com D. Maria Farinha Barreiros Godinho (Sousel, Sousel, bp. 22.05.1732 — ), filha de José Rodrigues Roque (Estremoz, Santa Vitória do Ameixial, bp. 03.02.1686  — Sousel, Sousel, 20.01.1767) e de sua segunda mulher, D. Inês de Andrade Barreiros Godinho (Sousel, Sousel, bp. 07.05.1695 — Sousel, Sousel, 28.08.1766), trineta, por via desta, de Clemente Pires Farinha Barreiros (Sousel, Sousel, c. 1590 — ), Fidalgo de Cota de Armas, teve Carta de Brasão de Armas para BARREIROS aos 27.08.1616, e tetraneta, pela mesma linha, de Pedro Afonso Farinha (Sousel, Sousel, c. 1560 — ), o qual institui uma Capela que fará parte do «Morgado de Sousel» — conjunto formado pelas Capelas (conhecidas por «Capelas dos Barreiros») instituídas por Fernão (ou Fernando) Martins, João Pires Farinha, Pedro Afonso Farinha (o próprio acima referido), Maria Martins, Francisco Godinho Barreiros, Luísa Catela e Padre João Fernandes [ver linha Barreiros].

Estudou Gramática, Aritmética e Geografia, em que foi eminente.
Serviu na Corte d'El-Rei D. João V como Soldado.
Foi Ajudante-Engenheiro na Província do Alentejo.
Traduziu do Castelhano para Português: História das Fortunas de Sempriles e Generodano, de Doutor João Henriques de Zuniga (edição por António de Sousa da Silva, Lisboa, 1735).
Deixou vários manuscritos inéditos.
Jaz sepultado na Igreja Matriz de Santa Maria de Estremoz.

Bibliografia e Arquivos:
- Biblioteca Lusitana, História, Crítica e Cronologia, Diogo Barbosa Machado, Oficina de António Isidoro da Fonseca, Lisboa, 1741.
- Dicionário Bibliográfico Português: Estudos Aplicáveis a Portugal e ao Brasil, Inocêncio Francisco da Silva, Imprensa Nacional, Lisboa, 1858.
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Editorial Enciclopédia, Lisboa e Rio de Janeiro, 1936-1960.
- Arquivo Distrital de Évora.
- Arquivo Distrital de Portalegre.
- Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
- Arquivo Paroquial de Santa Engrácia (Lisboa).
- Registo Geral das Mercês do Reinado de D. João V.
- Arquivo Particular de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogue Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia e desta síntese biográfica sobre Manuel Moreira de Carvalho).
Nota do Autor: Manuel Moreira de Carvalho é meu Heptavô.

PADRE JERÓNIMO MOREIRA DE CARVALHO

Padre Jerónimo Moreira de Carvalho

(Sousel, Sousel, 09.02.1715 — )

Filho do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho, Médico dos Exércitos da Província do Alentejo e Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino do Algarve, e de D. Rosa Maria da Silveira.

É baptizado no próprio dia do nascimento, em casa, por necessidade, por Frei Álvaro Rodrigues Figueira, que lhe porá os Santos Óleos, na Igreja da Misericórdia de Sousel, aos 23.02.1715, e terá como padrinho João de Lemos Zagalo do Carvalhal.
A sua mãe morre no parto, sendo ele, assim, o 8.º e último filho do acima mencionado casal.

Religioso.
Bacharel pela Universidade de Coimbra.
Procurador da Coroa e Fazenda da Cidade do Rio de Janeiro.
Depois, em 1749, escolhe e toma o estado clerical.
Padre.
Pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, em Goiás. (1749-1754)
Pároco da Paróquia de Santa Luzia, desanexada da anterior. (1757-)
Membro da comissão responsável pela construção da nova Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Santa Luzia, celebrando a sua missa inaugural, no  Bairro do Rosário, Cidade de Luziânia, Estado de Goiás, Brasil.(-1769

[Em breve tenciono ter, e revelar aqui, mais notícias sobre este fascinante antepassado.]

Nota do Autor: O Padre Jerónimo Moreira de Carvalho é meu Tio-Heptavô.

PADRE ANTÓNIO MOREIRA

Padre António Moreira

(Lisboa, Castelo, 28.05.1710 — Almeida, Almeida, 01.05.1760)

Jesuíta, Missionário, Professor, Naturalista, Escritor.

Filho do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho, Médico dos Exércitos da Província do Alentejo e Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino do Algarve, e de D. Rosa Maria da Silveira.
Afilhado de Baptismo de D. Manuel José de Castro, 8.º Conde de Monsanto e 3.º Marquês de Cascais, do Conselho de Guerra de D. João V, General de Batalha.

Ingressou na Companhia de Jesus, aos 19.02.1728.
Nesse mesmo ano, deixou a Capital do Império, como Irmão Estudante e membro da 46.ª Missão dos Jesuítas para o Maranhão e Grão-Pará, e rumou ao Brasil.
Aos 15 de Agosto de 1745, fez a sua Profissão Solene na Igreja do Maranhão.
Serviu como Missionário na Missão de Santo Inácio (hoje Vila de Boim), no rio Tapajós, tendo chegado a essa região, para trabalhar com os respectivos índios, em 1750.
Foi Professor de Filosofia e de Prima de Teologia no Colégio Jesuíta do Maranhão.
Escreveu Declaração das Raridades do Maranhão, de Peixes, Aves, etc. É um dos raros textos setecentistas sobre a Fauna do Brasil e ainda hoje de superior interesse para a Zoologia. O manuscrito encontra-se em depósito na Torre do Tombo.
Na sequência da confiscação dos bens e expulsão dos Jesuítas de Portugal, decretada pelo Marquês de Pombal, foi forçado a voltar ao Reino com um grupo de outros padres, logo separados e encarcerados em lugares remotos.
Usou a «língua geral brasileira» (derivada do tronco tupi), que conhecia bem, como «língua secreta» para comunicar com os outros padres jesuítas presos.
Acabou por morrer prisioneiro no Forte de Almeida, sendo enterrado na própria fortaleza.

Bibliografia e Arquivos:
- História da Companhia de Jesus no Brasil, Padre Serafim Soares Leite, Imprensa Nacional, 1938-1950.
- Memórias de um Jesuíta Prisioneiro de Pombal, Anselm Eckart, Edições Loyola, São Paulo, 1987 [1.ª edição 1779].
- Relação de algumas coisas que sucederam aos religiosos da Companhia de Jesus no Reino de Portugal..., Lourenço Kaulen, 1874.
- Arquivo Paroquial do Castelo (Lisboa).
- Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
- Arquivo Particular de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogues Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia e desta síntese biográfica sobre o Padre António Moreira).

Nota do Autor: O Padre António Moreira é meu Tio-Heptavô.

NOTA EDITORIAL DO AUTOR

Chamo a atenção aos leitores, aproveitando de caminho para agradecer a surpreendente adesão que este novel blogue está a ter, para o facto de as mensagens aqui publicadas irem sendo reeditadas à medida que vão surgindo novos dados nas investigações. Tratando-se duma prática pouco canónica, mesmo no mundo digital, e impossível, no belo mundo do papel impresso - em breve destinado apenas a fornecer  coleccionadores e bibliófilos, como eu, confesso -, senti-me na obrigação de fazer este esclarecimento.  Boas leituras e releituras! 

FRANCISCO CORDEIRO VINAGRE

Francisco Cordeiro Vinagre

(n. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, bp. Borba, Santa Bárbara, 26.12.1678 — m. c. 1750)

Coronel. Quartel-Mestre-General. Engenheiro-Militar. Cavaleiro da Ordem de Cristo. 

Filho do Alferes Francisco Fernandes Cordeiro (n. Borba, Santa Bárbara, c. 1640 — m. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, 16.08.1690), militar que serviu em postos de cavalos e infantaria na Província do Alentejo, entre 1658 e 1690 (até à véspera da sua morte), combatendo nas principais Campanhas e Batalhas da época — Linhas de Elvas, Ameixial, Montes Claros, etc.  —, procedendo em tudo com notável valor e dando sempre grande exemplo, e de D. Maria da Conceição (n. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, c. 1640).

Nasce na freguesia de Nossa Senhora da Conceição, de Vila Viçosa, mas é baptizado na de Santa Bárbara (actualmente extinta e anexada à Matriz), de Borba. Tem como padrinho Fernando de la Masure, Cônsul da Flandres, e como madrinha Dona Margarida Teresa de Macedo Milles.
Tem sete irmãs.

Casa, pela 1.ª vez (Lisboa, Lisboa, 1703), com D. Maria Ana Teresa Furtado de Mendonça (n. Lisboa, São Julião, c. 1680 — m. Montemor-o-Novo, Nossa Senhora do Bispo, 26.09.1716). Está sepultada no Convento de Nossa Senhora da Conceição, na atrás referida freguesia do óbito].
Tem, pelo menos, quatro filhos (dois rapazes e duas raparigas), do 1.º casamento.

Casa, pela 2.ª vez (Lisboa, Santa Engrácia, 04.10.1723), com D. Leonor Joana da Silveira (n. Sousel, Sousel, bp. 23.11.1700 — m.), filha do Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho (n. Estremoz, c. 1673 — m. c. 1748), Médico dos Exércitos da Província do Alentejo e Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino Algarve, e de D. Rosa Maria da Silveira (n. Sousel, Sousel, bp. 11.09.1673 — m. Sousel, Sousel, 09.02.1715).
Tem, pelo menos, dois filhos (dois rapazes), do 2.º casamento.

E tem, além do já falado Doutor Jerónimo Moreira de Carvalho, como principais amigos, os seguintes vultos:  José da Silva Pais, Coronel, Engenheiro, Administrador colonial, Fundador da cidade de Rio Grande, Governador da Capitania de Santa Catarina; João Bressane Leite, Superintendente da Contadoria Geral da Guerra.

Bibliografia e Arquivos:
- História Orgânica e Política do Exército Português, Cristóvão Ayres de Magalhães Sepúlveda, Imprensa Nacional, 1929.
- D. João V e a Arte do Seu Tempo, Armindo Ayres de Carvalho, Edição do Autor, 1962.
- Memórias de Vila Viçosa, José Joaquim da Rocha Espanca, Câmara Municipal de Vila Viçosa.
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
, Editorial Enciclopédia, Lisboa e Rio de Janeiro, 1936-1960.
- Revista de História das Ideias, Universidade de Coimbra, 1999.
- Gazeta de Lisboa, 1833.
- Arquivo Distrital de Évora.
- Arquivo Distrital de Portalegre.
- Arquivo Paroquial de Santa Engrácia (Lisboa).
- Registo Geral das Mercês do Reinado de D. João V.
- Arquivo Particular de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogues Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia e desta síntese biográfica sobre Francisco Cordeiro Vinagre).

Nota do Autor: Francisco Cordeiro Vinagre é meu Octavô.

JERÓNIMO MOREIRA DE CARVALHO

Jerónimo Moreira de Carvalho

(n. Estremoz [Santo André ou Santa Maria], c. 1672 — m. c. 1748) 

Médico, Cirurgião, Escritor.

Filho de Francisco Carvalho [que também é referido como Francisco de Carvalho, entre outros sítios, na obra Biblioteca Lusitana de Diogo Barbosa Machado e no registo de casamento deste seu filho Jerónimo Moreira de Carvalho] (n. Estremoz, Santo André, c. 1635). e de DMaria Ferreira [que também é referida como D. Maria Ribeira, entre outros sítios, na Biblioteca Lusitana de Diogo Barbosa Machado e no registo de casamento deste seu filho Jerónimo Moreira de Carvalho] (n. Estremoz, Santa Maria, c. 1635),  que casam em Estremoz, Santa Maria, no ano de 1657.

Casa em Sousel, aos 22.02.1699, com D. Rosa Maria da Silveira (n. Sousel, Sousel, bp. 11.09.1673 — m. Sousel, Sousel, 09.02.1715), filha de Manuel Madeira Gil (n. Sousel, Sousel, c. 1640 — m. Sousel, Sousel, 28.10.1717), Cirurgião, e de D. Brites da Silveira Fidalgo (n. Sousel, Sousel, c. 1640 — m. Sousel, Sousel, 19.11.1712).
Têm 8 Filhos (4 Varões e 4 Filhas), nascidos em Sousel, Vila Viçosa e Lisboa; entre esses Filhos, estão:

Manuel Moreira de Carvalho, Engenheiro-Militar, Escritor e Tradutor.
Padre António Moreira, Jesuíta, Missionário no Brasil, Professor, Naturalista e Escritor.
Padre Jerónimo Moreira de Carvalho, Pároco de Nossa Senhora do Rosário de Santa Luzia, Estado de Goiás, Brasil.
- Uma filha, D. Leonor Joana da Silveira, casa com o viúvo, seu compadre (o atrás referido seu filho Manuel casa com uma filha - D. Luísa Teresa Leonor - dele e de sua primeira mulher - D. Maria Ana Teresa Furtado de Mendonça), genro (como se viu) e cunhado (de seguida se verá), Francisco Cordeiro Vinagre, Coronel, Quartel-Mestre-General, Engenheiro-Militar, Cavaleiro da Ordem de Cristo.

Depois de viúvo, voltará a casar, em Lisboa, Santa Engrácia, aos 04.10.1723, com D. Isabel Teresa Cordeiro (n. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, 07.01.1672), filha de Francisco Fernandes Cordeiro (n. Borba, Santa Bárbara, c. 1640 — m. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, 16.08.1690), Alferes, e de D. Maria da Conceição (n. Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição, c. 1640), e irmã portanto do recorrente Francisco Cordeiro Vinagre, tornando-se assim também cunhado deste.

Doutor em Medicina pela Universidade de Coimbra (1697).
Bacharel e Licenciado em Artes pela Universidade de Coimbra (1692 e 1694).
Médico do Partido da Universidade de Coimbra.
Médico dos Exércitos da Província do Alentejo.
Físico-Mór da Gente de Guerra do Reino do Algarve.
Médico nas Cortes de D. Pedro II e D. João V.
Médico em Lisboa e em Sousel.
Compôs uma «misteriosa massa» com que curou várias doenças.
Deve-se a ele o primeiro tratamento para problemas da uretra.
Escreveu e traduziu vários livros de Medicina, Cirurgia, História e Romances de Cavalaria.

Nesta última categoria literária, a sua História do Imperador Carlos Magno e dos Doze Pares de França (Lisboa, 1728), tradução e livre adaptação dum autor anónimo espanhol, onde Jerónimo Moreira de Carvalho também se inspira em Ariosto e Boiardo, e nas gestas medievais, tem sido objecto de inúmeras reimpressões, reedições e continuações, em diversos países, até aos dias de hoje, como atesta uma recente edição em inglês no Reino Unido, bem como alvo de variados estudos académicos, à semelhança do sua mística História do Grande Roberto, duque da Normandia e imperador de Roma: em que se trata da sua conceição, nascimento e depravada vida, por onde mereceu ser chamado Roberto do Diabo: e do seu grande arrependimento, e prodigiosa penitência, por onde mereceu ser chamado Roberto de Deus: e prodígios, que por mandado de Deus obrou em batalhas (Lisboa, 1733). Um e outro foram dos livros mais lidos em Portugal (incluindo o Brasil) durante o século XVIII.

Bibliografia e Arquivos:
- Biblioteca Lusitana, História, Crítica e Cronologia, Diogo Barbosa Machado, Oficina de António Isidoro da Fonseca, Lisboa, 1741.
- Dicionário Bibliográfico Português: Estudos Aplicáveis a Portugal e ao Brasil, Inocêncio Francisco da Silva, Imprensa Nacional, Lisboa, 1858.
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Editorial Enciclopédia, Lisboa e Rio de Janeiro, 1936-1960.
- Estudos de Cultura Medieval, Mário Martins (S.J.), Editorial Verbo, 1972.
- A Guide to Studies on Chanson de Roland, Joseph J. Duggan, 1976.
- Dicionário do Folclore Brasileiro, Luís da Câmara Cascudo, Edições Melhoramentos, 1979.
- Estremoz e o seu Termo Regional, Marques Crespo, Centro Social Paroquial Santo André —  Estremoz, Vila Viçosa, 1987 (2.ª edição — fac-similada).
- New Trends and Developments in African Religions, Peter Bernard Clarke, 1998.
- Reinventing Religions: Syncretism and Transformation in Africa and the Americas, Sydney M. Greenfield e A. F. Droogers, 2001.
- Nova História de Portugal: Portugal  — da Paz da Restauração ao Ouro do Brasil, Joel Serrão, Artur Boavida Madeira e A. H. de Oliveira Marques, Editorial Presença, 2001.
- História da Companhia de Jesus no Brasil, Serafim Leite (S.J), Edições Loyola, 2004.
- Ocidente: Revista Portuguesa de Cultura, N.º 285, Janeiro, 1962.
- Revista Brotéria, 1987.
- Revista Estudos Ibero-Americanos, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Departamento de História, 1999.
- Gazeta de Lisboa, N.º 7, 18 de Fevereiro de 1723.
- Jornal de Coimbra, 1815.
- Arquivo da Universidade de Coimbra.
- Arquivo Distrital de Évora.
- Arquivo Distrital de Portalegre.
- Arquivo Particular de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogues Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia e desta síntese biográfica sobre Jerónimo Moreira de Carvalho)

Nota do Autor: Jerónimo Moreira de Carvalho é meu Octavô.

ANTÓNIO FELIZARDO PORTO

António Felizardo Porto

(Sousel, 27. 06.1793  — Lisboa, 01.10.1863)

Filho de Pedro António da Silveira e Luísa Maria da Silveira.
Neto paterno de António Gonçalves Sabugal e Maria da Silveira.
Neto materno de Felizardo Silveiro e Maria Joaquina.
Todos da Vila de Sousel, menos esta última.

Cantor, Professor de Canto, Compositor, Empresário.

Estudou Música no Seminário de Vila Viçosa.
Completou a sua formação musical no Seminário Patriarcal de Lisboa.
Foi um dos melhores baixos da época. Era conhecido na Europa por «voce di testa».
Cantor da Capela Real, partiu com a Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808 e lá permaneceu até 1821.
Mestre de Canto de D. Maria II em Londres (1828-1834). Mestre igualmente de D. Fernando.
Professor de Canto do Conservatório desde 1835.
Nomeado Director Técnico do Teatro de S. Carlos em 1843.
Empresário deste Teatro de S. Carlos e também do Teatro de S. João no Porto.
Voltou ainda ao Brasil para dirigir o Teatro Lírico do Rio de Janeiro e da Baía.
Regressou a Lisboa e aqui morreu.

Bibliografia e Arquivos:
Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Editorial Enciclopédia, Lisboa e Rio de Janeiro, 1936-1960.
Cantores de Ópera Portugueses, Mário Moreau, Bertrand Editora, Lisboa, 1998.
Arquivo Distrital de Portalegre.
Arquivo Particular de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogues Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia e desta síntese biográfica sobre António Felizardo Porto).

Nota do Autor: António Felizardo Porto é meu remoto parente, pois seu Avô Felizardo Silveiro é irmão do meu Hexavô Francisco Silveiro.

FIM-DE-LINHA MOREIRA PINTO DO NORTE

I. MANUEL MOREIRA, n. Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, _, casa em Cinfães, Santiago de Piães, aos 28.02.1672, com - sua parente no 4.º grau de consanguinidade - FRANCISCA PINTO, n. Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, _ [meus 8.ºs avós].

Têm, pelo menos, os seguintes 6 filhos:

II. (1.) MANUEL MOREIRA PINTO, n. Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, bp.  23.12.1672, cc SEBASTIANA DA COSTA E FARIA, n. Cinfães, São Cristóvão de Nogueira, Mourilhe, bp. 09.04.1687, filha de MANUEL DA COSTA, n. Porto, Terra da Feira (hoje Espinho, Anta), e de DOMINGAS DE FARIA, n. Cinfães, São Cristóvão de Nogueira, Mourilhe [meus 8.ºs avós: ver II. (4.)]. Com geração.

II. (2.) JOSEFA, n. Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, bp.  06.04.1679. S. m. n.
 
II. (3.) FRANCISCO MOREIRA PINTO, n. Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, bp.  23.09.1689, c Cinfães, Souselo, 11.08.1726, c MARIANA TERESA JOSEFA DA FONSECA, n. Cinfães, Souselo, filha de ANTÓNIO PINTO DA FONSECA, n. Cinfães, Tarouquela, e de TERESA RIBEIRO, n. Porto, Foz do Douro, moradores na Quinta da Castanheira (freguesia de Souselo, concelho de Cinfães)  [meus 8.ºs avós: ver II. (5.)]. C. g.
 
II. (4.) MARIANA PINTO , n. Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, _, cc MANUEL DA COSTA RAMOS, n. Cinfães, São Cristóvão de Nogueira, Mourilhe, bp. 11.04.1683 [meu 7.º avô], filho de MANUEL DA COSTA, n. Porto, Terra da Feira (hoje Espinho, Anta), e de DOMINGAS DE FARIA, n. Cinfães, São Cristóvão de Nogueira, Mourilhe [ver II. (1.)]. C. g.
  
II. (5.) CATARINA PINTO DO ESPÍRITO SANTO, n. Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, _,  c Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, 25.11.1723, c DOMINGOS PINTO DA FONSECA, n. Cinfães, Souselo, Louredo, bp. 18.02.1700 [meus 7.ºs avós], filho de ANTÓNIO PINTO DA FONSECA, n. Cinfães, Tarouquela, e de TERESA RIBEIRO, n. Porto, Foz do Douro, moradores na Quinta da Castanheira (freguesia de Souselo, concelho de Cinfães) [ver II. (3.)]. C. g. - entre os quais destaco JOSÉ CAETANO DA FONSECA, n. Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, bp. 20.04.1724, c Cinfães, Santiago de Piães, Bouça, 10.06.1754, c MARIA QUITÉRIA DA COSTA, n. Marco de Canaveses, Penha Longa, Cardia, bp. 29.07.1726 [meus 6.ºs avós], filha de MANUEL DA COSTA RAMOS, n. Cinfães, São Cristóvão de Nogueira, Mourilhe, bp. 11.04.1683 [ver II. (4.)], e de MARIA DA COSTA, n. Marco de Canaveses, Penha Longa, Cardia  [meus 7.ºs avós].
 
II. (6.) JOÃO MOREIRA PINTO. C. g.

Nota editorial: Entre parêntesis rectos, à frente de vários nomes, encontram-se referidos os graus de parentesco com o Autor.

CARLOS MOREIRA DA COSTA PINTO

Carlos Moreira da Costa Pinto

(Sousel, São João Baptista da Ribeira, 18.02.1871 — Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 28.03.1944)

Lavrador, Proprietário e Político.

Filho de Joaquim Pereira da Costa Pinto e de D. Leonor do Carmo Moreira, irmão mais novo de Mariano Moreira da Costa Pinto, Carlos Moreira da Costa Pinto, que recebe o mesmo nome próprio de seu avô-paterno, Carlos da Costa Pinto da Fonseca, nasce na casa de habitação da Herdade da Revenduda, propriedade de seu Pai.
Descendente de famílias tradicionais, ligadas à Igreja e à Coroa, que serviram a Pátria através das armas, das leis, das letras, das artes e das ciências: Magalhães, dos Senhores de Ponte da Barca, do Minho (sua varonia), Pinto da Fonseca, Moreira e Costa Ramos, da Beira, Gião, do Alentejo, por via paterna; Moreira de Carvalho, Cordeiro Vinagre e Barreiros Godinho, do Alentejo, Furtado de Mendonça, de Lisboa, por via materna.
Será no monte da referida herdade que ficará a residir, mesmo depois de casado, com D. Joana da Conceição Chaveiro (também ela duma família, à semelhança dos Costa Pinto, da principalidade local, de grandes lavradores, proprietários e políticos), e é a partir desta morada que dirigirá a sua vasta e moderna casa agrícola de vários milhares de hectares, sucedendo a seu Pai — após a morte deste e da partida de seu mano Mariano, como rendeiro, para a Herdade de Torre de Palma — como proprietário e lavrador da Herdade da Revenduda. Terá na também sua Herdade do Monte Branco uma Coudelaria com ferro CP.
Os seus métodos de lavoura mereceram a atenção e o estudo de especialistas como Acrísio Canas Mendes e D. Manuel de Bragança.
Avesso a títulos e a cargos, à semelhança do seu irmão mais velho, Mariano, só os aceitando quando, de facto, serviam para servir directamente as populações das suas terras, recusou várias vezes, entre outros, o convite para ser Ministro da Agricultura, um dos quais feito pessoalmente por Bernardino Machado.
Republicano desde os tempos da Monarquia, apesar de neto e homónimo de um miguelista, a sua adesão ao Partido Republicano Português (PRP) foi um factor de credibilidade do mesmo, devido à sua seriedade e ao seu prestígio a nível regional e nacional; e, logo foi nomeado membro da Comissão Distrital de Portalegre do PRP, chegando rapidamente a seu Presidente, ainda antes da implantação da República.
Mais tarde, rompeu com o referido partido e foi evolucionista. Depois, patriota e republicano conservador, que sempre foi, apoiou Sidónio Pais e exerceu o cargo de Administrador do Concelho de Sousel (pela segunda vez) durante o consulado do Presidente-Rei . De seguida, filiou-se no Partido Unionista do seu amigo Brito Camacho. Finalmente, na sequência de toda esta coerente e dinâmica linha de pensamento e acção, aderiu ao Estado Novo.
Homem culto, divergências políticas à parte, teve como amigos António Sérgio, Câmara Reys e Cruz Malpique, bem como outras importantes figuras da Oposição.
Esteve ligado à revista Seara Nova, que virá a ajudar a sobreviver em pleno Estado Novo, e subscreveu (como autor secundário e co-signatário) o manifesto Apelo à Nação, publicado na mesma em 1923.
Escreveu regularmente para o jornal Brados do Alentejo, onde manteve uma secção permanente intitulada «Latifúndio».
Pode pois concluir-se que a guiá-lo esteve sempre a sua consciência, contra modas, ventos e marés.
Filantropo activo, preocupou-se também com a alimentação e a assistência médica dos mais carenciados e para isso fundou e dirigiu os Socorros Mútuos de Sousel.
Benemérito cultural, ofereceu gratuitamente peças ao Museu Etnológico Português (actual Museu Nacional de Arqueologia).
Mecenas das artes e letras, custeou generosamente os estudos de pessoas em que soube antever talento e que vieram a ser reconhecidos pintores e escritores.
Não é possível terminar esta brevíssima síntese biográfica sem fazer notar que Carlos Moreira da Costa Pinto ao escolher na Maçonaria o nome simbólico de «Magalhães» deixou um sinal para a posterioridade significando que conhecia bem a sua genealogia pois a sua linha de varonia é precisamente Magalhães. 
Jaz sepultado em jazigo próprio no Cemitério de Sousel («Jazigo de Carlos Moreira Costa Pinto e de sua Esposa D. Joana Chaveiro Costa Pinto»).

Dados Biográficos:
- Grande Lavrador.
- Grande Proprietário.
- Político.
- Proprietário das Herdades da Revenduda, do Monte Branco, Beringelo, Foros de D. Nuno, etc.
- Rendeiro da Herdade do Sobral.
- Presidente da Comissão Distrital de Portalegre do Partido Republicano Português (1909).
- Administrador do Concelho de Fronteira (03.11.1910-13.01.1911).
- Administrador do Concelho de Sousel (20.12.1911-12.04.1913 e 24.12.1917-16.03.1918).
- Fundador e Presidente da Assembleia-Geral da Associação de Socorros Mútuos de Sousel (1914-...).
- Governador Civil do Distrito de Portalegre (11.06.1921-14.11.1921).
- Orador do Triângulo n.º 185 da Maçonaria de Rito Francês (iniciado em 31.07.1911 no referido Triângulo de Sousel com o nome simbólico de «Magalhães»).
Etc.

Bibliografia, Periódicos e Arquivos:
- Álbum Republicano, J. Ramos e Luís Derouet, Typographia Adolpho de Mendonça, Lisboa, 1908.
- Colecção Oficial de Legislação Portuguesa, Imprensa Nacional, 1909.
De Terra em Terra — Excursões Arqueológico-Etnográficas através de Portugal (Norte, Centro e Sul), José Leite de Vasconcellos, Imprensa Nacional de Lisboa, 1927.
Raças Cavalares e Marcas a Ferro, Domingos Augusto Alves da Costa Oliveira, Papelaria Fernandes, Lisboa, 1931 (2.ª edição).
- Álbum Alentejano, Pedro Muralha, Imprensa Beleza, Lisboa, 1931.
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Editorial Enciclopédia, Lisboa e Rio de Janeiro, 1936-1960.
- O Alentejo na Fundação e Restauração: Canal ou Ameixial?, Marques Crespo, Brados do Alentejo, 1941.
- Uma Filosofia da Cultura — Aspectos Pedagógicos, Manuel da Cruz Malpique, Edição do Autor, Porto, 1962.
- Aquilino, o Homem e o Escritor, Cruz Malpique, Divulgação, 1964.
- Miguéis — to the seventh decade, John Austin Kerr, Romance Monographs, EUA, 1977.
- Guia de História da 1.ª República Portuguesa, A. H. de Oliveira Marques, Editorial Estampa, Lisboa, 1981.
- Estremoz e o seu Termo Regional, Marques Crespo, Centro Social Paroquial, Estremoz, 1987 (2.ª edição fac-similada).
- Nobiliário das Famílias de Portugal, Felgueiras Gaio, Carvalhos de Basto, Braga, 1989 (2.ª edição).
- Pelas Searas da Vida, Felizardo António Martins, Câmara Municipal de Sousel, Sousel, 1992.
- Entre a República e a Acracia: o Pensamento e a Acção de Emílio Costa (1897-1914), António Ventura, Edições Colibri, 1995.
- Costados Alentejanos, António Pestana de Vasconcellos, Edição do Autor, Évora, 1999.
Livro Genealógico das Famílias desta Cidade de Portalegre, Manuel da Costa Juzarte de Brito, anotado, corrigido e actualizado por Nuno Gonçalo Pereira Borrego e Gonçalo de Mello Guimarães, Edição dos Autores das notas, correcções e actualizações, Lisboa, 2002.
Gente D'Algo, Manuel Arnao Metello, Edição do Autor, Lisboa, 2002.
Cartas de Brasão de Armas - Colectânea, Nuno Gonçalo Pereira Borrego, edição Guarda-Mor, Lisboa, 2003.
Cartas de Brasão de Armas - II, Nuno Gonçalo Pereira Borrego, edição DisLivro Histórica, 2005.
- Costados Alentejanos II, António Pestana de Vasconcellos, Edição do Autor, Évora, 2005.
As Ordenanças e as Milícias em Portugal - Subsídios para o seu Estudo. Volume I, Nuno Gonçalo Pereira Borrego, edição Guarda-Mor, Lisboa, 2006.
- A Maçonaria no Distrito de Portalegre (1903-1935), António Ventura, Caleidoscópio, 2007.
- Lavradores Alentejanos - Genealogias (Volumes I e II), Pedro Amaral de Carvalho, Edição do Autor, Lisboa, 2015.
A Maçonaria no Alto Alentejo (1821-1936), António Ventura, Caleidoscópio, 2019.
- Revista O Arqueólogo Português, Museu Etnográfico Português.
- Revista Gazeta das Aldeias.
- Revista Seara Nova.
- Revista Vida Alentejana.
- Jornal Brados do Alentejo.
- Arquivo Distrital de Évora.
- Arquivo Distrital de Portalegre.
- Arquivo-Museu da Diocese de Lamego.
- Arquivo Nacional Torre do Tombo.
- Arquivo Particular de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogues Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia e desta resenha biográfica sobre Carlos Moreira da Costa Pinto).
- In 7.º esboço do livro Mariano Moreira da Costa Pinto — Vida, Antepassados e Descendentes dum Grande Lavrador Alentejano, de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogues Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia).

Nota editorial: Este texto será actualizado sempre que surjam novos dados na minha investigação bem como serão acrescentados livros à bibliografia à medida que forem saindo novas obras sobre a matéria do estudo.

Nota do Autor: Carlos Moreira da Costa Pinto é meu Tio-Bisavô.  

APONTAMENTOS PARA UMA GENEALOGIA DA FAMÍLIA BAGORRO DO ALENTEJO

I — DOMINGOS FERNANDES (n. c. 1570) cc MARIA DIAS (n. c. 1570).

Têm:

II — BEATRIZ [ou BRITES] BAGORRO (n. Alter do Chão, Alter do Chão, bp 15.05.1601, m. Alter do Chão, Alter do Chão, 15.03.1659) cc (Alter do Chão, Alter do Chão, 22.10.1623) ANTÓNIO  RODRIGUES (n. Alter do Chão, Alter do Chão, c. 1600), filho de Afonso Rodrigues e Leonor Dias.
Têm, pelo menos, 5 Filhos:
(III) 1. Leonor Dias Bagorro (qs) cc Domingos Vaz (qs);
(III) 2. Maria Dias Bagorro (Alter do Chão, Alter do Chão, c. 1627) cc Domingos Fernandes (viúvo de Isabel Fernandes) - este casal tem Manuel Fernandes Bagorro cc (Fronteira, Cabeço de Vide, 19.05.1681) Inês Martins (n. Alter do Chão, Alter Pedroso, m. Fronteira, Cabeço de Vide, 12.02.1694);
(III) 3. António (n. Alter do Chão, Alter do Chão, bp. 09.10.1633);
(III) 4. Isabel (n. Alter do Chão, Alter do Chão, bp. 13.06.1641);
(III) 5. Afonso (n. Alter do Chão, Alter do Chão, bp. 11.02.1646).

III — LEONOR DIAS BAGORRO (n. Alter do Chão, Alter do Chão, c. 1625) cc (Alter do Chão, Alter do Chão, 14.08.1650) DOMINGOS VAZ CAVALEIRO (n. Alter do Chão, Alter do Chão, c. 1625), filho do casamento de Álvaro Gonçalves Cavaleiro (n. Alter do Chão, Alter do Chão, c. 1590) com Maria Vaz (n. Alter do Chão, Alter do Chão, c. 1590).
Têm, pelo menos, 2 Filhas:
(IV) 1. Leonor (Alter do Chão, Alter do Chão, bp. 08.12.1653);
(IV) 2. Beatriz (qs):

IV — BEATRIZ [ou BRITES] BAGORRO (n. Alter do Chão, Alter do Chão, bp. 17.07.1656) cc I (Alter do Chão, Alter do Chão, 16.10.1672) ANTÓNIO MENDES GREGO (n. Portalegre, São Lourenço, c. 1650), filho do casamento de Manuel Fernandes, o Grego (n. c. 1620) com Maria Mendes (n. Alter do Chão, c. 1620). Ficando viúva cc [II de ambos] (Elvas, Assunção, 09.12.1703) João Fernandes, viúvo de Ana Lopes.
Não há descendência do 2.º casamento.
Do 1.º casamento tem, pelo menos, 6 Filhos:
(V) 1. António Mendes (n. Alter do Chão, Alter do Chão) cc (Elvas, Alcáçova, 24.06.1708) Ana Maria (n. Elvas) (smn).
(V) 2. Maria (n. Alter do Chão, Alter do Chão, bp. 18.12.1673) (smn);
(V) 3. Manuel (n. Alter do Chão, Alter do Chão, bp. 12.10.1676) (smn);
(V) 4. Catarina Gonçalves (qs);
(V) 5. Filipe (n. Elvas Assunção, bp. 08.05.1689) (smn) ;
(V) 6. Isabel Mendes (n. Elvas, Assunção, bp. 04.01.1693) cc (Elvas, Vila Boim, 25.08.1709) Bento da Silva (n. Mangualde, Chãs de Tavares, bp. 17.09.1672) (cg). 

V —  CATARINA GONÇALVES (n. Alter do Chão, c. 1679) cc (Elvas, Assunção, 18.07.1697) MANUEL GONÇALVES (n. Fronteira, Fronteira), filho do casamento (Fronteira, Fronteira, 02.02.1665) de Manuel Rodrigues (n. Fronteira, Fronteira) com Maria Gonçalves (n. Fronteira, Fronteira).
Têm 8 Filhos:
(VI) 1. Maria (Elvas, Vila Boim, 12.07.1700) (smn); 
(VI) 2. Francisco Gonçalves Bagorro (Elvas, Vila Boim, bp. 23.01.1702) cc (Avis, Maranhão, 02.11.1727) Maria Florência (estes são avós de Caetano José Bagorro, Tabelião Proprietário de Notas do Cartório Notarial de Borba, Procurador da Câmara Municipal de Borba e Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Borba, e bisavós do Padre Francisco do Carmo Bagorro);
(VI) 3. Brites (Elvas, Vila Boim, 01.06.1703);
(VI) 4. Joana (n. Elvas, Vila Boim, bp. 22.02.1705) (smn);
(VI) 5. Rosa Maria Bagorro (n. Elvas, Vila Boim, bp. 25.03.1706) cc António Martins Borges (cg);
(VI) 6. João Mendes Bagorro (qs) cc Maria Fraústo (qs);
(VI) 7. Manuel Gonçalves Bagorro (Elvas, Vila Boim, bp 15.06.1713), Lavrador e Proprietário de Vinhas na Terrugem, onde mora; 
(VI) 8. Teresa (Elvas, Vila Boim, bp 30.03.1715) (smn).

VI — JOÃO MENDES BAGORRO (n. Elvas, Vila Boim, 03.10.1708) cc I (Elvas, Vila Boim, 05.03.1732) MARIA FRAÚSTO (n. Elvas, Vila Boim, bp 20.03.1708), filha do casamento (Elvas, Vila Boim, 08.10.1699) de António Rodrigues com Maria Fraústo (n. Elvas, Vila Boim), neta paterna de Pedro Francisco cc Ana Francisca e materna de Baltazar Fernandes (n. Elvas, Vila Boim) cc (Elvas, Vila Boim, 20.10.1670) Catarina Pires (n. Elvas, Vila Boim).
Do 1.º casamento tem 2 Filhos:
(VII) 1. Manuel Mendes Bagorro (qs) cc Francisca Caetana (qs);
(VII) 2. Antónia Maria Bagorro cc António Cordeiro Travanca, filho do casamento de Domingos Fernandes Travanca com Guiomar Cordeiro, (cg).
Do 2.º casamento, com Vitória do Nascimento - filha do casamento de Francisco de Sande com Maria Rodrigues -, tem 3 Filhos:
(VII) 3. Luís Mendes Bagorro cc Ana Joaquina, filha de José Gonçalves e Ana Maria, (cg);
(VII) 4. Francisca Rita Vitória cc Estêvão Martins Barrenho, filho de António Martins Barrenho e Maria Inácia, (cg); e
(VII) 5. Maria Vitória Bagorro cc Nicolau José do Amaral, Lavrador da Herdade do Texugo, Foreiro da Casa de Bragança.

VII —  MANUEL MENDES BAGORRO (Elvas, Vila Boim, 14.06.1741 — Elvas, Terrugem, 05.06.1819), Juiz Ordinário, Tabelião do Cartório Notarial de Vila Boim, Professor Régio de Primeiras Letras em Vila Boim, Lavrador da Herdade da Atalaia, Foreiro da Casa de Bragança, cc  (Elvas, Vila Boim, 16.08.1762), tendo como Testemunha o Padre  Frei João de Santa Ana Bagorro, Religioso da Ordem de São Paulo, Reitor do Convento de Sousel,  FRANCISCA CAETANA (n. Estremoz, Santiago, 12.97.1739), filha do casamento (Estremoz, Santiago, 17.08.1721) de Martinho de Sousa (n. Estremoz, Santa Maria, bp. 11.03.1698) com Maria Rosado (n. Estremoz, Santo André, bp. 26.12.1703), neta paterna de António Gonçalves (n. Elvas), Soldado e morador no Castelo da Vila de Estremoz em 1686, cc Leonor de Sousa (n. Estremoz), e materna de Paulo Rosado (n. Estremoz, Santiago) cc (Estremoz, Santo André, 06.07.1698) Catarina Maria da Ascensão (n. Estremoz, Santo André), bisneta paterna materna de António de Sousa (n. Portalegre, Sé, bp. 24.01.1643), Engenheiro-Militar, Ajudante-Engenheiro na Província do Alentejo, Capitão-Engenheiro no Reino do Algarve, cc Catarina Reis, trineta paterna materna paterna de Fernão de Sousa Tavares (n. Portalegre, Sé, bp 15.05.1589), Capitão-Mór de Portalegre, cc (sua sobrinha, em Estremoz) Maria de Sousa Tavares e Vasconcelos (n. Estremoz, Santo André, bp. 04.10.1609).
Têm 8 Filhos:
(VIII) 1. Caetano José Mendes Bagorro, frade dominicano, conhecido por Frei Caetano de São José Bagorro, O. P., aos 09.03.1783 professou na capelinha da casa dos noviços no Convento de São Domingos de Goa, aos 24.09.1785 foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo de Santa Catarina, em 1786 é Mestre de Noviços no referido Convento de São Domingos, aos 02.05.1791 foi nomeado Governador-Episcopal de Malaca e das ilhas de Solor e Timor;
(VIII) 2. João Mendes Bagorro cc Ana Maria, filha de Manuel Dias da Rosa e Leonor Joaquina Figueira, (cg);
(VIII) 3. Catarina (smn);
(VIII) 4. Ana (smn);
(VIII) 5. Manuel José Bagorro, conhecido por Padre Frei Manuel de São José Bagorro, Pároco da Terrugem;
(VIII) 6. Catarina Eugénia Bagorro cc I João da Silva Rijo, Familiar do Santo Ofício, filho de Joaquim José da Silva e Teresa Rita de São José Gromicho, cc II Francisco José Martins, filho de João Martins e Brites Luísa, Lavrador da Herdade do Vale, Foreiro da Casa de Bragança;
(VIII) 7. António (smn);
(VIII) 8. José Caetano Bagorro (qs) cc Catarina Rosa (qs).

VIII —  JOSÉ CAETANO BAGORRO (n. Elvas, Vila Boim, 02.02.1781), o mais novo de 8 irmãos, cc CATARINA ROSA (n. Elvas, Vila Fernando, 23.12.1781), filha do casamento [2.º dele e 1.º dela] de Luís José Rodrigues Gonçalves (n. Elvas, Vila Fernando, 11.02.1744), o mais novo de 11 irmãos, com Isabel Maria do Rey de la Reyna Pinheiro (n. Badajoz, Albuquerque, 1747), neta paterna de Domingos Gonçalves (n. Elvas, Barbacena), Lavrador e Proprietário da Herdade da Atalaia (ou da Fonte) dos Sapateiros, cc [II dele e I dela] (Elvas, Vila Boim, 10.10.1725) Inês Rodrigues Correia (n. Elvas, Vila Boim) e materna de Filipe José Lopes Pinheiro (n. Elvas, Barbacena, 11.12.1727) cc Catarina Maria do Rey de la Reyna (n. Badajoz, Albuquerque).
Têm, pelo menos, 2 Filhos:
(IX) 1. João Manuel Bagorro (qs);
(IX) 2. Manuel (smn).

IX — JOÃO MANUEL BAGORRO (Elvas, Alcáçova, 25.01.1817 — Sousel, Sousel, 29.08.1879). Lavrador e Proprietário em Sousel.
Casado e com geração.
 
Desentroncados, tenho ainda os seguintes dezoito Bagorros:
  • António Dias Bagorro — casa com Maria Delicada no Crato em 1566.
  • Isabel Bagorro — casa com João Lopes em Alter do Chão em 1578.
  • Beatriz Bagorro — madrinha de baptismo em Alter do Chão em 1587.
  • António Dias Bagorro — casado com Maria Dias, pais de Maria Caldeira Bagorro, que casa no Crato em 1711. Testemunha de casamento no Crato em 1700. Referido num testamento de 1712.
  • Manuel Fernandes Bagorro  — casado com Maria Caldeira, pais do seguinte. Referido em testamento de 1675.
  • Manuel Fernandes Bagorro — filho do anterior. Casa com Isabel Caldeira no Crato em 1700.  
  • Manuel Dias Bagorro — casado com Catarina Gonçalves, pais de Margarida Dias, que casa no Crato em 1707, e de Maria Gonçalves, idem, em 1712. Morre antes de 1707.
  • Padre António Dias Bagorro — beneficiado na Igreja de Nossa Senhora da Conceição em Lisboa. Referido num processo de habilitação "de genere" em 1732/1734.
  • Padre Frei João de Santa Ana Bagorro — Religioso da Ordem de São Paulo, Reitor do Convento de Sousel. Testemunha de casamento de Manuel Mendes Bagorro em Vila Boim em 1762.
  • Manuel Caldeira Bagorro  — administrador da capela de António Gonçalves e sua mulher Margarida Tavares entre 1753 e 1769.
  • Capitão Luís José Caldeira Bagorro — padrinho de baptismo em Alpalhão em 1804.
  • Manuel Caldeira Bagorro — nasce em Vale do Peso, Crato, em 1835, e faz parte, como os dois anteriores, de um ramo (ramo porque pertencem certamente a esta família, mas ainda não entroncados aqui) que usa estes dois apelidos juntos, durante várias gerações, passando-os ora por via varonil ora feminina. 
  • Manuel Garcia Bagorro — nasce em 1715 e morre em 1775.
  • Manuel Madeira Bagorro — referido em testamento de 1759.
  • José Bagorro — administrador da capela de Manuel Gonçalves Moniz entre 1746 e1796.
  • Domingos da Silva Bagorro — capitão-mor de Vila Fernando. Padrinho de um filho de Joaquim Cordeiro Bagorro em 1794. Irmão do seguinte.
  • Padre Manuel Carlos da Silva Bagorro — pároco de Vila Fernando, capelão da Ordem Terceira de S. Francisco em Vila Boim. Morre em 1832. Irmão do anterior.
  • Frei Gaspar Mendes Bagorro.

Fonte bibliográfica:
In 7.º esboço do livro Subsídios para a Genealogia da Família Bagorro, de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogues Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia).
Neste livro serão indicadas todas as Fontes (Manuscritas, com indicação dos respectivos Arquivos, e Impressas, com indicação dos títulos, números e datas das Publicações Periódicas) e toda a Bibliografia (Obras gerais, de âmbito regional ou específico). 

Nota do Autor: Descendo desta Gente (de I a IX) pelas minhas Bisavós Ana Josefa Firmino  (mãe do meu Avô João Augusto Firmino  Marchante) e Catarina Rosa Firmino (mãe da minha Avó Maria Luísa Firmino Costa Pinto) [irmãs entre si, as quais são netas por via materna do acima referido meu Tetravô João Manuel Bagorro (IX)].

COSTADO BARREIROS GODINHO DA FAMÍLIA COSTA PINTO DO ALENTEJO

I – FERNANDO ESTEVES BARREIROS (n. Sousel, Sousel, c. 1500).
Tem:


II – D. FILIPA FERNANDES BARREIROS (n. Sousel, Sousel, c. 1530).
Tem:


III – D. CATARINA PIRES BARREIROS (n. Sousel, Sousel, c. 1560). Casa com PEDRO AFONSO FARINHA (n. Sousel, Sousel, c. 1560). Este, institui uma Capela em Sousel, a qual fará parte do «Morgado de Sousel» – conjunto formado pelas Capelas (conhecidas por «Capelas dos Barreiros») instituídas por Fernão (ou Fernando) Martins, João Pires Farinha, Pedro Afonso Farinha (o próprio acima referido), Maria Martins, Francisco Godinho Barreiros, Luísa Catela e Padre João Fernandes – que virá a ter, dois séculos depois, como Administrador, Joaquim António Calça e Pina Barreiros Godinho (referido mais a baixo).
Têm, além de pelo menos mais uma Filha, o seguinte Filho:


 
IV – CLEMENTE PIRES FARINHA BARREIROS (n. Sousel, Sousel, c. 1590). Fidalgo de Cota de Armas, teve Carta de Brasão de Armas para BARREIROS aos 27.08.1616. Casa em Sousel, Sousel, aos 10.05.1638 – testemunhas: João Farinha Barreiros, Francisco Godinho e Manuel Barreiros -, com D. ANTÓNIA BARREIROS (n. Sousel, Sousel, c. 1610), sua prima no 4.º grau de parentesco.
Tem, além de pelo menos um outro e uma outra, o seguinte Filho:


V – JOÃO FARINHA BARREIROS GODINHO (n. Sousel, Sousel, bp. 19.03.1640).
Tem, além de pelo menos um outro, o seguinte Filho:


VI – MANUEL DIAS FARINHA (n. Sousel, Sousel, c. 1660). Casa em Sousel, Sousel, aos 24.07.1689, com D. MARIA MADEIRA (n. Sousel, Sousel, bp. 31.05.1661), filha de Francisco Lopes Carneiro (n. Sousel, Sousel,c.1630) e de D. Maria Gomes da Silva (n. Sousel, Sousel, c. 1630).
Têm 7 Filhos. Continuamos com a seguinte Filha:


VII – D. INÊS DE ANDRADE BARREIROS GODINHO (n. Sousel, Sousel, bp. 07.05.1695 — m. Sousel, Sousel, 28.08.1766). Casa em Sousel, Sousel, aos 05.08.1714 – testemunha de casamento: João Baptista Chaves, Capitão-Mór de Sousel -, com JOSÉ RODRIGUES ROQUE (n. Estremoz, Santa Vitória do Ameixial, bp. 03.02.1686 — m. Sousel, Sousel, 20.01.1767), Proprietário e Lavrador, filho de Roque Dias (n. Estremoz, Santa Vitória do Ameixial, c. 1660) e de D. Domingas Martins (Estremoz, Santa Vitória do Ameixial, c. 1660).
Têm 9 Filhos. Continuamos com a seguinte Filha:


VIII – D. MARIA FARINHA BARREIROS GODINHO (n. Sousel, Sousel, bp. 22.05.1732 — _). Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 23., o qual tem Carta de 07.1752 — testemunha do casamento: Doutor João de Pina Ravasco de Albuquerque (n. Évora), Médico, casado com a prima da noiva D. Joana Teresa António Barreiros Godinho (n. Portel), pais de Joaquim António Calça e Pina Barreiros Godinho, o qual teve Carta de Brasão de Armas, para Pinas, Calças, Godinhos e Barreiros, aos 30.05.1770 —, com FRANCISCO MOREIRA DE CARVALHO (n. Lisboa, Santa Engrácia, bp. 15.12.1727), Tabelião do Judicial e Notas de Sousel  [Ver: PARTE II – ANTEPASSADOS DE MARIANO MOREIRA DA COSTA PINTO - 3.º CAPÍTULO – LINHA MOREIRA DO ALENTEJO ].
Têm, pelo menos, 2 Filhos. Seguimos com a Filha:


IX — D. JOANA LEONOR MOREIRA (Sousel, Sousel, bp. 29.06.1756 — ). Casa, segunda vez, depois de ficar viúva de CUSTÓDIO DA SILVEIRA PRETO (Sousel, Sousel — Sousel, Sousel, 03.06.1782), filho de Diogo da Silveira Preto (Fronteira, Fronteira — ) e de sua mulher D. Joana da Cunha Feio (Sousel, Sousel — ), no concelho e freguesia de Sousel, aos 24.06.1783, com BONIFÁCIO JOSÉ DA COSTA (Sousel, Sousel, bp. 01.11.1758), filho de Domingos José Boino (Gouveia, Arcozelo — ) e de sua mulher D. Maria de Jesus da Costa (Sousel, Sousel, bp. 21.10.1725).
Teve 5 Filhos do 1.º Casamento.
Do seu 2.º Casamento houve mais 8 Filhos. Deste, morrendo menor o primogénito, ficou como varão mais velho o segundo Filho deste nome:


X — JOÃO RODRIGUES MOREIRA (Sousel, Sousel, bp. 13.10.1790 — Sousel, Sousel, 22.03.1872). Lavrador e Proprietário. Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 16.10.1808, com D. ANA DA CONCEIÇÃO BELÉM [também usou D. ANA DA CONCEIÇÃO SILVEIRA, como, por exemplo, é referida no registo de óbito da sua filha D. Maria da Orada Moreira (madrinha de baptismo do biografado neste livro)], (Sousel, Sousel, 12.09.1791 — ), filha de José Fernandes (Vila Nova de Faria [?] — ) e de sua mulher D. Ana de Belém (Sousel, Sousel, bp 28.07.1748 — ).
Tiveram 11 Filhos. Segue a 10.ª Filha:


XI — D. LEONOR DO CARMO MOREIRA (Sousel, Sousel, 26.02.1835 — Sousel, Sousel, 31.08.1892). Casa, no concelho e freguesia de Sousel, aos 01.06.1863, com JOAQUIM PEREIRA DA COSTA PINTO (Fronteira, Fronteira, 29.11.1835 — Sousel, Sousel, 05.11.1891), Grande Lavrador e Proprietário, Senhor da Herdade da Revenduda, Tronco da Família Costa Pinto do Alentejo, etc. [Ver: PARTE II – ANTEPASSADOS DE MARIANO MOREIRA DA COSTA PINTO – 1.º CAPÍTULO – LINHA DE VARONIA], filho de Carlos da Costa Pinto da Fonseca (Fronteira, Fronteira, 24.11.1794 — Fronteira, Fronteira, 01.04.1857), Lavrador e Proprietário, militante miguelista, etc., e de sua mulher D. Teresa Carolina Pereira (Sousel, Santo Amaro, 02.03.1801 — Fronteira, Fronteira, 01.05.1862), Lavradora e Proprietária, em viúva.
Tiveram 6 Filhos (destes, uma rapariga e dois rapazes morreram menores), ficando como varão mais velho o seguinte Filho:


XII — MARIANO MOREIRA DA COSTA PINTO (Sousel, São João Baptista da Ribeira, 31.10.1868 — Monforte, Vaiamonte, 26.04.1930). [Teve como Padrinho de Baptismo o seu tio paterno Francisco da Costa Ramos Pinto da Fonseca, Grande Lavrador e Proprietário em Fronteira, e como Madrinha a sua tia materna D. Maria da Orada Moreira, Proprietária em Sousel, e recebeu o nome próprio do seu falecido tio materno Mariano Rodrigues Moreira, Grande Lavrador e Proprietário em Sousel.] Grande Lavrador e Grande Proprietário Rural. Político. Activo militante regionalista e republicano, desde os tempos da Monarquia. Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Monforte, Presidente da Junta de Paróquia de Vaiamonte, Juiz de Paz de Vaiamonte, Presidente do Triângulo N.º 169 da Maçonaria de Rito Francês (iniciado em 14.05.1911, no referido Triângulo de Monforte, com o nome Simbólico de «Alma»). Senhor das Herdades de Samarruda, Nora, Courelas de Vale Verde, Giz, Picão, Pintas, Palhinha, Asseca, Relvacho, Matança, Esquerdos, Vale dos Homens, Tapadão de Alter, Sernila e Torrados. Rendeiro da Herdade de Torre de Palma, onde estabeleceu a seda da sua Casa Agrícola e onde teve Coudelaria de cavalos de raça espanhola/andaluza com ferro CP. Etc.

Fonte bibliográfica:
In 7.º esboço do livro Mariano Moreira da Costa Pinto — Vida, Antepassados e Descendentes dum Grande Lavrador Alentejano, de João Miguel Costa Pinto Marchante (Autor dos blogues Eternas Saudades do Futuro e Da Genealogia).
Neste livro serão indicadas todas as Fontes (Manuscritas, com indicação dos respectivos Arquivos, e Impressas, com indicação dos títulos, números e datas das Publicações Periódicas) e toda a Bibliografia (Obras gerais, de âmbito regional ou específico). 


Nota do Autor: Mariano Moreira da Costa Pinto é meu Bisavô.